InNature e Trilho das Éguas

Esta crónica começa desde já pelos agradecimentos, já que vai ser tão radical que até tenho medo de cair a meio e depois fico sem dentes para agradecer.

Um agradecimento a toda a equipa que nos acompanhou:

Daniel Abreu (irmão do Marco, um dos motoristas do dia);

José Carona (o homem que trata do site e no dia do evento fechava o grupo);

João "Lagoa Azul" (o homem que faz os dorsais e no sábado foi também motorista);

Victor de Chorense que nos recebeu na associação, deu-nos o café da manhã e tratou dos banhos.

Para o João Costa uma palavra especial, quer pelo acompanhamento durante o dia, por todas as explicações que eram preciosas, quer pelo trabalho desenvolvido neste projeto, que de uma forma inteligente envolve as populações locais na defesa do seu património natural, ajudando igualmente a economia local. A alegria com que explica a forma como cada salto foi construído é contagiante, dá-nos vontade de saltar, mas rapidamente caímos na realidade e isolamo-nos do contágio.

Também devemos agradecer a capacidade de desdobramento desta equipa, eles são motoristas, professores, socorristas, fotógrafos, riders e fazem isto tudo com um sorriso na cara e uma paciência, como se tivessem a fazer tudo pela primeira vez.

MUITO OBRIGADO.

Gostaria igualmente. Agradecer á Gondobike que em conjunto com In Nature, organizou este evento e falou com o S Pedro para não chover.

Uma palavra de rápidas melhoras para os dois sinistrados do dia, nada de grave, espero.

Voltando ao passeio, qual o propósito de participar neste evento? Era descer. Ok! Santa Isabel prometia. A chegada a Chorense deu para ver que se tratava de um dia solarengo mas frio.

Video da chegada a Chorense

Por falar em Chorense uma pequena descrição da terra que nos acolheu:

Breve descrição de Chorense

Na ADRC Chorense tínhamos á nossa espera o João Costa e toda a sua equipa.

Na chegada reparamos que as bicicletas que lá estavam eram para um estilo diferente do que estávamos habituados, cotoveleiras, joelheiras e capacetes integrais completavam uma imagem que nos dava alguma insegurança.

Aqui éramos logo descansados pelo João  " não se preocupem, vocês vão se divertir".

Para mim próprio pensava se calhar quem se vai divertir vão ser eles a ver os nossos malhos. :-) A cara do Jorge Freitas espelhava a mesma preocupação que eu tinha, mas não desistíamos, a vontade de descer era muita.

Neste café da manhã também era usada uma linguagem ligeiramente diferente da que estavamos habituados:

Drop's

Gap

Road Gap

Mesa

Hip

River Gap

Wall Ride
Um conjunto de conceitos que se associam ao freeride, enduro e mesmo ao Downhill. Isto prometia!!!

Vídeo do campo de futebol ADRC de CHORENSE

Chegaram entretanto os homens da Gondobike e começou o trabalho da equipa da In Nature. O pormenor da arrumação das bikes era delicioso já que as meninas eram tratadas de uma forma respeitosa, era cobertores ( para não terem frio), era papelões, era tudo do bom e do melhor.

Vídeo da arrumação das bikes

Depois os homens eram distribuídos em dois transportes  e lá subíamos até Santa Isabel.

Video Transporte dos homens


Video da abertura das portas para libertação dos homens.

Aqui montava mos as bikes e subíamos cerca de 1,2 km e chegava-mos ao pinoco de Santa Isabel.

Vídeo da subida para o pinoco.

Era interessante ouvir o gelo a partir quando pisávamos as supostas poças de agua, o frio era tanto que ao tentar fazer uma subida em busca de um prémio, oferecido pelo Joäo Costa, a pureza do oxigénio parecia queimar os pulmões.

Finalmente tínhamos chegado para a foto de família.

Video Foto grupo

Foto participantes.

No cimo daquele monte a sensação de olhar o horizonte dá-nos a verdadeira noção da nossa pequena dimensão perante a natureza. Começou a festa  e aqui os vídeos são o que melhor descreve  as sensações provocadas.

Video salto na descida para a mesa

Video do segundo salto antes da mesa

Neste último vídeo acabei por fazer um salto sem querer num "nano river gap", mas que provocou uma sensação de ... cagaço já que inesperadamente, sem grande velocidade atravessei de uma margem para outra do nano river. É importante referir que as duas margens distavam de distância cerca de 90 (c)m. :-) Brutal!!!

A meio da descida apanhamos o salto que a sequência de fotos abaixo documenta. Acho que foi único feito em condições minimamente aceitáveis :-)

Video do Salto

Trilho das éguas, não! não é um nome que foi dado ao trilho porque aqui passaram muitas éguas. Foi mesmo o nome que eu dei ao Trilho porque durante os vários saltos, fiz várias éguas. Aqui vai dois videos e uma foto:

Video das 2 primeiras éguas

Reparem no curso completamente esgotado da suspensão da frente

Video da descida para a Geira Romana

Na Geira Romana acabamos por realizar um percurso simples, mas que a beleza acompanha-nos assim como a água, que abunda quer no caminho quer nas encostas, formando cascatas naturais que tornam o ambiente idílico. Delirante.

A partir daqui iniciávamos uma descida espectacular onde me permiti a realizar a quarta égua. Mas vejam o vídeo

Video da descida com drop e consequente égua.

Esta descida terminava no restaurante Pescador, onde fomos brindados com um lanche que incluindo várias iguarias, tais como bolos, marmelada, pão, queijo, fiambre e diversas bebidas entre outras coisas. Café no final e novamente a equipa da In Nature, iniciava o trabalho de armazenamento das bikes.

Nova subida e novos enjoos no final que dava estas imagens do Freitas a fazer uma nebulização seca para ficar mais bem disposto.

Esta segunda descida a opção foi o percurso verde até meio da descida e posso dizer que apesar de mais rolante é o trail puro, a área que eu gosto. A meio foram prestados cuidados de Enfermagem e lá estava a equipa pronta para receber e transportar o colega para a base. A equipa está sempre pronta para os imprevistos.

O trabalho do José Carona a fechar o percurso foi fundamental já que nesta segunda descida ficamos para trás e ele foi sempre a acompanhar-nos até chorense.

A parte final do percurso na Geira Romana era no sentido contrário, onde seguiamos até ao coreto e fazíamos uma descida fantástica por trilhos entre casas e caminhos rurais.

Não posso terminar sem falar no road Gap, bem olhando para a rampa de lançamento, a sensação que transmite é que se eu o fizesse de certeza que a esta hora ainda estava a retirar a pedaleira do chão. Dizem os entendidos que a forma como o mesmo está feito permite um salto fantástico e que o facto da receção ser no sentido descendente é favorável ao sucesso. Bem na minha opinião o salto iria permitir que eu fizesse uma égua encarpada com mortal quando aterrasse no chão. .-(

Aqueles que fizeram o salto pela primeira vez pareciam meninos a quem lhe tinham dado um brinquedo pela primeira vez eles eram fives para uns e para outros, um deslumbramento que só visto. Quase dava vontade de ir experimentar, mas fui salvo pelo João que disse "temos que ir embora que se está a fazer tarde e ainda temos mais uma descida para fazer" logicamente aproveitei a deixa e fui-me embora. ;-)

Os 20€ que paguei incluiram:

2 transportes para o cimo de Santa Isabel;

Parque;

2 descidas com apoio e aconselhamento;

Reforço alimentar abastado a meio da 1ª descida;

Banhos aos riders e às meninas;

e Almoço que no final daquelas duas descidas estava muito bom, sobremesa e café e uma conversa ao sol para acabar em beleza.

O sol merece uma palavra da nossa parte, divinal.

Meus amigos vou voltar algumas vezes porque é sinónimo de um dia bem passado.

Abraço XTR